As críticas à Freud partiram não só de antropólogos como Malinowski, quando derrubou a afirmação de Freud sobre a universalidade do complexo de Édipo, mas partiram também de seus seguidores, como Jung e Adler, entre outros, que enfim romperam com Freud e rumaram outros caminhos com suas próprias idéias de verdade.
No fundo acho que é isso, as pessoas acreditam nas suas verdades e brigam por elas exatamente por acreditarem nelas.
Há muitos autores que escreveram coisas interessantíssimas e que nos fazem crer que aquela deve ser a verdade, como Sartre e Foucault...
Todos eles, Freud, Sartre e Foucault, de certa maneira e a seu modo, disseram que viver envolve sofrimentos necessários. Talvez o pulo do gato seja partir dessa premissa e se jogar na vida, afinal, você já vai sofrer mesmo, não há do que tentar se safar.
Todo escritor quando expõe suas verdades ou idéias está pondo a cara a tapa pra aquele que discordar dele, aliás toda pessoa que se comunica está sujeito a receber críticas por aquilo que diz... você vai ficar quieto por isso? Eu não!
Um comentário:
a universalidade do complexo de édipo, me parece e sempre me pareceu, de fato, um grande problema, mesmo quando associado a "hamlet", que, em outra época, o retoma, ainda que de maneira diferente. o que você escreve sobre o sacrifício é um achado - não que já não saibamos disso. é que isso que você aponta é muito sóbrio. tão sóbrio que parece ser uma espantosa novidade, num mundo em que vivemos suspensos. parabéns pelo seu trabalho.
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