quarta-feira, 29 de abril de 2009

A influência social redimensiona o psiquismo (?).

As instâncias psíquicas denominadas Id, Ego e Superego, em sua formação, têm aspectos constitutivos e adquiridos, ou seja, pode-se dizer que há algo de originário em nossa mente, mas grande parte desse psiquismo se perfaz ao longo de infinitas interações com os outros e com o ambiente.
Os outros e o ambiente são variáveis impossíveis de controlar.
Quando um casal planeja ter um filho, e sua situação permita esse e outros planejamentos, há freqüentemente o desejo de escolher um futuro para esse filho, e aí começa uma grande empreitada dos pais para tentar controlar as variáveis disponíveis na vida do filho.
Há no mínimo 4 décadas a sociedade vem experimentando as conseqüências da forte inserção da mulher no mercado de trabalho, mulher esta antes incumbida de se casar, ter filhos e cuidar da casa.
Todo esse novo ambiente e essas novas mulheres geram (e aqui a palavra gerar é interessantemente adequada) novos filhos, filhos capazes de novas coisas.
Outro dia uma colega com quem estudei disse-me que uma de suas aluninhas de 3 anos perguntou o seguinte: - Fabi (esse é o apelido de minha colega), porque o papai não tem xoxota?
E essa pergunta, podendo parecer simples e desimportante, é um marco social. Explico.
Desde Freud acredita-se que a menina, em seus 5 anos mais ou menos, passa por uma fase em que percebe que seu amiguinho tem pipi e ela não tem. Ou seja, instaura-se na menina a falta, a percepção de que falta algo nela.
No entanto, na situação contada acima, a menina percebe a falta no menino (no pai).
Isso tudo faz pensar que a nova mãe de hoje pode (às vezes sem querer) incluir variáveis na vida da filha que a coloque numa situação de não falta, mas de positividade, de completude.
Há muito o que se pensar a respeito dessa situação, dessa nova geração que talvez possa ter seu psiquismo redimensionado pelas novas influências sociais.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, a mulher revolucionou seu próprio posicionamento social, e hoje é capaz de viver independente. Se as famosas células tronco permitem hoje que se façam espermas da medula óssea da mulher!

É, rapazes, tomem cuidado. Vamos acabar não precisando mais de vocês, hoho.

Genial, Dani! Beijos ;*

Lucas Tavares disse...

É o inicio do fim das relações conjugais. Mulheres que vivem a ilusão de ter o falo masculino vão se vendo cada vez mais independentes, piorando gradativamente sua histeria. O problema é quando os mecanismos de defesa falham e elas veem que não tem o falo, puro combustível para nossa sociedade histérica.